Mãos e Olhos: ciclo de práticas para cultivar compaixão
“Muitos de nós estão encolhendo diante dos venenos físico-sociais e das toxinas de nosso mundo. Mas a compaixão, na verdade, mobiliza nossa imunidade.”
―Roshi Joan Halifax (no livro “Standing at the edge”)
Como atravessar a pandemia de Covid-19 e todos os outros sofrimentos que ainda teremos? Qual a mente que mais pode nos ajudar a transformar os problemas intensificados nos últimos anos, como a desigualdade social e a destruição ambiental? Sem cair nos extremos da indiferença e do desespero, do desânimo e da ansiedade, como podemos ser mais benéficos uns aos outros? Como viver de modo a naturalmente fortalecer comunidades e redes de apoio?
Aproveitando esse período de reclusão mundial, no qual precisamos não só de uma atitude calma e generosa, mas também de referenciais amplos para construirmos um mundo diferente, faremos um ciclo de estudo e prática daquilo que é considerado a panaceia universal, a fonte da felicidade e o próprio sentido da vida: a compaixão.
Serão 7 semanas, de abril a maio, com condução de Fábio Rodrigues e participação de Jeanne Pilli e de Cristiano Ramalho, culminando em um encontro ao vivo com a própria Roshi Joan Halifax. Veja como será, convide pessoas queridas e desfrute!
O que vamos explorar ao longo de 7 semanas
“O cultivo da compaixão pode ter enormes implicações sociais e mundiais. Imagine como seria o mundo se cada um de nós assumisse a compaixão como o princípio organizador da vida…”
—Thupten Jinpa (no livro “Um coração sem medo”)
No início do ano, Roshi Joan Halifax nos enviou um vídeo no qual ela oferece ensinamentos profundos e muito diretos sobre as inteligências da compaixão, a partir de um clássico koan: “O que faz o bodisatva da grande compaixão com tantas mãos e olhos?”. Fizemos as legendas, geramos um livreto digital ilustrado com a transcrição e vamos explorar em detalhe cada processo que ela descreve, culminando num encontro final com a Roshi Joan Halifax ao vivo para ouvirmos sobre bodhicitta, a prática mais abrangente de todas.
As práticas de compaixão não são “budistas” e estão disponível para todos os seres. Como a abordagem de Roshi Joan Halifax é incrivelmente aberta e inclusiva, todos estão convidados a participar!
Ao longo de 7 semanas, vamos explorar:
- O que é compaixão e como cultivá-la no cotidiano
- Burnout da empatia e distorções comuns do que é compaixão
- Os 3 níveis da compaixão
- O koan dos mil braços de Avalokitesvara como apoio para nossa compreensão do que é compaixão e nossa relação com os seres ao redor
- Integrando sabedoria e meios hábeis, visão ampla e ação criativa no mundo
- O que é bodhicitta?
- Como deixar que a compaixão seja uma ação natural, impessoal e sem esforço
- Compaixão como o próprio tecido da realidade
Quem convidamos para oferecer 3 encontros
Roshi Joan Halifax é uma extraordinária professora zen budista, doutora em antropologia e uma das pioneiras no trabalho com a morte e o morrer. Ela é a fundadora e a abade do Upaya Institute and Zen Center, em Santa Fe (EUA), de onde falará conosco. Dirige o programa Being with Dying e fundou o Upaya Prison Project e o Nomads Clinic. Foi aluna de Seung Sahn e recebeu transmissões de linhagem de Thich Nhat Hanh e de Roshi Bernie Glassman. Com 77 anos, tem mais de quatro décadas de experiência em práticas contemplativas e um natural engajamento social. Seus livros mais recentes são Presente no morrer: cultivando compaixão e destemor na presença da morte e Standing at the edge: finding freedom where fear and courage meet.
Jeanne Pilli é farmacêutica formada pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo. Atua ainda como consultora em projetos especiais de saúde e bem-estar com instituições como InCor-SP, além de hospitais privados e operadoras de saúde. Há mais de 15 anos dedica-se à prática de meditação dentro da tradição budista. É aluna do Professor Alan Wallace e do Lama Padma Samten. É tradutora e intérprete de diversos professores, em especial de Alan Wallace, Jetsunma Tenzin Palmo, Tenzin Wangyal Rinpoche e de convidados da Tibet House Brasil. Em agosto de 2013, recebeu a certificação no Programa Cultivating Emotional Balance, com Eve Ekman e Alan Wallace e desde então vem se dedicando a ensinar o programa para diversos públicos e em diferentes contextos. Em 2017, passou a fazer parte do Board Internacional e foi autorizada a ensinar a formação de professores do CEB no Brasil, junto com Elisa Kozasa. A primeira versão aconteceu durante todo o ano de 2018, no formato de um curso de especialização em “Gestão Emocional nas Organizações”, parte do programa de pós-graduação do Hospital Israelita Albert Einstein. Duas novas turmas se formaram em 2019.
Cristiano Ramalho é professor certificado do programa Compassion Cultivation Training – CCT (Treinamento do Cultivo da Compaixão), pelo Centro de Pesquisa e Ensino de Compaixão e Altruísmo (CCARE) da Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford (Califórnia, EUA) e pelo Compassion Institute. Também é professor certificado do programa Cultivando o Equilíbrio Emocional pelo Santa Barbara Institute for Consciousness Studies. É bacharel em História pela Universidade de Brasília (UnB) e praticante Aikido desde 2009, atualmente como faixa-preta pela Aikikai Foundation (1º Dan), do Japão.
A orientação do ciclo “Mãos e olhos” será de Fábio Rodrigues, que também conduzirá os demais encontros. Além de ser um dos coordenadores do lugar, é professor do programa Cultivating Emotional Balance, aluno de Kazuaki Tanahashi e artista visual.
Convide duas pessoas
Se quiser potencializar seu aprofundamento, sugerimos que você convide duas pessoas próximas para o estudo. Além de ser mais fácil ter alguém próximo imerso nas mesmas práticas e contemplações, nossa transformação só vai se tornar natural e contínua se a rede ao nosso redor mudar também.
É só ligar para a pessoa ou enviar o link para essa página: olugar.org/maoseolhos
Quer participar?
Como o ciclo é online (em vídeo), pessoas de todos os lugares poderão participar! Serão 7 encontros semanais, sempre às segundas, das 19h30 às 21h (horário de Brasília), nos dias 13, 20 e 27 de abril e 5, 11, 18 e 25 de maio de 2020. Não há problema algum se você não puder participar ao vivo: as palestras são gravadas e os vídeos ficam disponíveis em uma página especial junto com materiais de apoio, práticas sugeridas e espaço de relatos.
O ciclo “Mãos e olhos” será integrado às práticas e à comunidade do lugar. A cada semana, além do encontro principal, teremos dois momentos de meditação ao vivo, que serão gravadas e poderão apoiar sua prática a qualquer momento. Apostamos em continuidade, não em ações isoladas e pontuais. No lugar já estudamos os livros Quando tudo se desfaz, O poder de uma pergunta aberta, Um coração sem medo, Meditação em ação para crianças, Escassez, Felicidade genuína — e depois desse seguiremos com outros estudos. Todos os vídeos e meditações guiadas desses estudos seguem disponíveis.
Se você já participa do lugar, é só colocar na agenda e relaxar. Se participava, é só voltar.
Se deseja entrar no lugar para participar do ciclo sobre compaixão, veja abaixo como funciona. O intensivo é mais um dos movimentos que fazemos de modo contínuo para apoiar o florescimento das pessoas.
O que é o lugar?
O lugar é uma comunidade online para pessoas dispostas a fazer o trabalho (diário, paciente e às vezes sujo) da transformação. Cada pessoa é desafiada a se familiarizar com seu mundo interno e investigar diretamente, colocando à prova da experiência: Como a gente se transforma, pra valer, sem oba-oba ou fogos de artifício, com o pé no chão do cotidiano? O que é felicidade genuína? Como aproveitar os problemas nos relacionamentos, no trabalho, nas finanças, na vida em geral, em um caminho de florescimento humano?
Uma prática por semana, todos juntos
Cada vez mais desconfiamos de ações isoladas e pontuais, de epifanias de fim de semana. Apostamos em continuidade, em praticar e tornar vivo o que já estamos cansados de entender. A cada semana, todos os participantes do lugar se juntam para experimentar uma prática e conversar sobre suas experiências, afinal estamos sofrendo do mesmo adoecimento coletivo: egoísmo, ansiedade, depressão, falta de sentido, desconexão, ciúme, carência, raiva, competição…
Para você entrar e participar do lugar
O valor para entrada é R$ 125 por mês*, via cartão de crédito. Se quiser fazer por depósito bancário, clique aqui. Se você fala português, mas não é brasileiro (não tem CPF), escreva para nós: coordenacao@olugar.org
O lugar é uma empresa bem pequena (somos seis: Gustavo, Polliana, Eduardo, Isabella, Fábio e Geovana). Somos sustentados pela generosidade direta dos participantes, que se alegram em apoiar esse trabalho.
A liberação de acesso é imediata e você pode cancelar a qualquer momento. Para entrar via cartão de crédito, clique abaixo.
*Se você você sentir que esse valor não se adequa à sua realidade (especialmente se estiver em situação de vulnerabilidade social), não deixe que dinheiro seja um obstáculo. Isso só é possível pela generosidade de todos os participantes atuais. Escreva para nós: coordenacao@olugar.org
Nos vemos no lugar. Será um prazer seguir mais junto de você!