Transição de ano

Durantes esses dias de fim de 2020 e começo de 2021, vamos deixar essa página temporária para organizar o que você talvez esteja buscando…

Meditação guiada para começar o ano: “Temos trabalho a fazer!”

No dia 23 de novembro de 2020, logo após o retiro com a lama Elizabeth Mattis Namgyel, fizemos uma prática que todo mundo logo pediu para subirmos a gravação e compartilharmos com os participantes que não estavam ao vivo (estávamos em mais de 108 pessoas). Começamos repousando e depois entramos em uma prática de sonho, imaginação, aspiração, bondade amorosa conosco mesmos, com outras pessoas e com o mundo. Além do contexto inicial, a conversa final é muito esclarecedora: falamos sobre como a aspiração é a linguagem mais revolucionária. É uma boa prática para começar o ano.

“Temos trabalho a fazer!”| 23/nov/2020 | Download

Práticas de bondade amorosa

Nos primeiros dias de 2021, exploramos a prática da bondade amorosa com base em uma instrução de Pema Chödrön no livro Os lugares que nos assustam. Lemos um trecho da introdução, um trecho do capítulo sobre as quatro qualidades incomensuráveis e todo o capítulo sobre bondade amorosa. Aqui estão todos os trechos para download (é para seu estudo pessoal, por favor não repasse e nem publique na internet). E aqui estão os áudios:

Parte 1: nosso ponto sensível | 2/jan/2020 | Download
Parte 2: nuances da prática | 3/jan/2020 | Download
Parte 3: “Que essa pessoa horrível seja feliz!” | 4/jan/2020 | Download

O poder da comunidade

Se você não estava em nosso último encontro noturno de 2020, recomendamos fortemente que assista a essa gravação. Logo no começo a Camila Brandão contou uma história maravilhosa que evidencia o poder da comunidade (com várias fotos!). E depois tivemos muitos relatos dos participantes… Vale cada segundo:


Práticas de shamatha (calmo repousar)

Revisamos alguns dos principais métodos de shamatha durante as manhãs de silêncio. Eis as instruções que exploramos para você dar play a qualquer momento. Usamos os áudios apenas das primeiras práticas de um retiro bem profundo que lama Alan Wallace ofereceu no Brasil em 2019, com tradução consecutiva da Jeanne Pilli.

1) Repousar no estado natural:

2) Shamatha no corpo inteiro respirando:

3) Repousar na consciência espaçosa com atenção periférica e sem esforço à respiração. Aqui está o vídeo do ensinamento em que o lama Alan Wallace introduz o contexto e inicia essa meditação guiada. Sugerimos que assista ao vídeo e, se tiver mesmo interesse, faça o retiro completo.

4) Descansar na simples experiência de estar consciente, sem fazer coisa alguma. Aqui está o vídeo (é crucial o contexto inicial que Lama Alan Wallace ensina em poucos minutos).

Referências

Em várias práticas nesses últimos dias, começamos ou terminamos com alguma referência. Aí estão.

Sobre desigualdade, aqui a matéria sobre quantas pessoas vivem na miséria no Brasil: 40 milhões! E sobre como os seres desejam a felicidade, um exemplo comovente que citamos.

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Leia mais sobre perspectivismo ameríndio

Para receber uma instrução essencial de meditação diretamente de Mingyur Rinpoche, enquanto não é possível recebê-la presencialmente, sugerimos que ouça esse ensinamento inteiro (no meio do vídeo Mingyur Rinpoche ensina como repousar no estado natural, prática que ele chama de “open awareness”). Lembre de ativar a legenda em pt-br:

E depois você pode ver esse vídeo, que passamos recentemente também em uma manhã de silêncio (também com legenda):

“Olhe. Este é o seu mundo. Você não pode não olhar. Não há outro mundo. Este é o seu mundo, a sua festa. Você o herdou. Herdou estes globos oculares, herdou esse mundo de cores. Olhe a grandeza disso tudo. Olhe! Sem hesitar, olhe! Abra seus olhos. Não pisque e olhe, olhe — olhe um pouco mais.”
Chögyam Trungpa Rinpoche (no livro Shambhala)

“Não há vida sem os outros. Eu acredito que uma das maiores perdas da vida moderna é essa nossa sensação de que não existe uma comunidade coerente. Nós pertencemos uns aos outros. Nós realmente precisamos compreender e vivenciar isso. Quando não nos sentimos em comunidade, nossa vida é solitária, quebrada, isolada, sem apoio e sem amor. A vida é a experiência de participar de tudo.”
Roshi Joan Halifax (no ensinamento que nos ofereceu no ciclo “Mãos e olhos”)

“Quando acordamos desse modo o nosso coração, descobrimos com surpresa que ele está vazio. Temos a impressão de olhar o espaço sideral. O que somos nós? Quem somos nós? Onde está nosso coração? Se olharmos com atenção, nada veremos de tangível ou sólido. Claro, é possível encontrar algo muito sólido, se tivermos rancor contra alguém ou se estivermos possessivamente apaixonados. Esse, porém, não é um coração desperto. Se procuramos o coração desperto, se colocamos a mão no peito para senti-lo, nada encontramos – a não ser ternura. Sentimo-nos doloridos e ternos, e se abrimos os olhos para o mundo, reconhecemos em nós uma profunda tristeza. Uma tristeza que não vem de termos sido maltratados. Não estamos tristes porque nos insultaram ou porque nos consideramos pobres. Não. Essa experiência de tristeza é incondicional. Ela se manifesta porque nosso coração está absolutamente exposto. Nenhuma pele ou tecido o recobre – é pura carne viva. Mesmo que nele pousasse apenas um mosquito, nós nos sentiríamos terrivelmente tocados. Nossa experiência é crua; nossa experiência é terna e absolutamente pessoal.O autêntico coração da tristeza provém da sensação de que o nosso inexistente coração está repleto. Estaríamos prontos para derramar o sangue desse coração, prontos para oferecê-lo aos outros. Para um guerreiro, é a experiência do coração triste e terno que dá origem ao destemor, à coragem. Convencionalmente “ser destemido” significa não ter medo, significa revidar um murro, dar o troco. Aqui, entretanto, não estamos falando do destemor das brigas de rua. O verdadeiro destemor é produto da ternura e sobrevém quando deixamos o mundo roçar nosso coração, nosso belo e despido coração. Estamos dispostos a nos abrir, sem resistência ou timidez, e a encarar o mundo. Estamos dispostos a compartilhar nosso coração.”
Chögyam Trunga (no livro Shambhala)