Como o estudo do livro “Acolher o indesejável” impactou a sua vida?
Na última segunda, fizemos um encontro especial apenas para ouvir a comunidade sobre como foi estudar em 2023 o livro Acolher o indesejável, como o estudo impactou a vida de cada um e o que foi mais marcante. Foi um encontro pouco planejado, apenas abrimos o espaço e os participantes generosamente fizeram seus relatos.
Perguntamos: Como o estudo impactou a sua vida? Você se viu lembrando do livro em algum momento? O que mais te marcou?
Surgiram falas inspiradoras e do coração, lindo de ver. Tão bonito, que resolvemos fazer dois episódio de podcast com os relatos, ouça abaixo:
Também deixamos os relatos que recebemos em texto aqui:
— As práticas e ensinamentos permaneceram vivas e presentes no meu dia a dia. Me senti mais presente e vigilante, me ajudou a enfrentar melhor alguns desafios fortes. Atraí situações que me convidavam a praticar. Foi uma baita experiência, muito robusta.
— Eu passei por um divórcio e o capítulo sobre a arte de fracassar foi ótimo!
— Eu me vi em meio a filmes e documentários vendo exemplos muito claros de como não sentir o que estamos sentindo leva a muitos vícios e violências e sofrimentos. Não tinha isso tão claro.
— Me ajudou a manter meu voto de disciplina de prática formal e observar o dia a dia com esse olhar de curiosidade e não rotulação automática.
— Me permitir sentir o que me aflige com certeza… Por tanto tempo na minha vida busquei evitar olhar pras minhas emoções e me alienava, procurando distrações em prazeres, comida, relacionamentos, faculdades, etc.
— A parte mais impactante para mim foi tentar ficar com as sensações ruins sem tentar fugir ou mergulhar nelas.
— Tentar soltar a história quando percebo que estou muito perturbada, rejeitando experiências indesejáveis.
— Fiquei pensando bastante sobre “isso foi em outra vida” e pratiquei muito sentir o que estava sentindo.
— O livro todo me apoiou na prática diária. Desafio dos grandes!
— O primeiro capítulo, em que o Gustavo falou que nossos sofrimentos são os mesmos de toda a humanidade.
— A prática de uma compaixão sem fronteiras. Reforçou que o bom humor é um belo remédio…
— Super impactou, ficar com o que se sente sem rejeitar ou agarrar está comigo agora todo dia. Ver a pessoas no soft spot tem sido um “amaciador” imediato do coração.
— A questão do rotular! E muito me impactou a ideia de que a vida muda num instante.
— Me deu um clique aqui e ficou bem mais claro para mim o “sem exceção” = TODOS os seres = CADA ser.
— Consegui acessar a força da compaixão ao começar usar meu coração partido.
— Estar em maior contato com a impermanência, desenvolver maior capacidade de apreciação.
— Eu deixei o livro bem a vista no meu dia a dia e toda vez que eu lia (só) a capa: Acolher o indesejável… O meu coração já se acalmava…
— Percebi a violência que é reificar, rotular as pessoas! Percebi de uma forma muito profunda! Foi e está sendo curador!
— Vacuidade, rotular, perder o chão, aceitar o que acontece e sentimos…. Muito desbravador.
— Percebi que preciso trabalhar a minha confiança na bondade básica das pessoas.
— Lembrar de mudar uma reação habitual numa situação incômoda, ter uma reação diferente.
— Eu estudo palhaçaria há alguns anos e tenho muita dificuldade de estar presente com meus desajustes… O capítulo de ausência de ego abriu minha mente para este tipo de arte e vi que eu estava reificada demais para expor minha (des)humanidade… Ainda estou reverberando tudo isso (e seguirei, sem fim).
— Eu gostei da imagem da zona de conforto, zona de perigo e zona de crescimento.
— Entrei aqui por uma dor de relacionamento, me impactou profundamente! As práticas foram transformadoras!!! Demais!!! E agora estou vivendo outra dor de relacionamento! rsrs parece que casou com o início e o fim do livro! Vamos sentir e tá tudo bem mesmo não estando bem!!!
— Me ajudou bastante nas minha práticas diária. O “acolher o indesejável” foi algo bem novo, amei!
— Me pego volta e meia pensando “olha eu rotulando” e “qual a história por trás disso aqui?” por causa do capítulo “assim que você rotula, assim lhe parece” e tem sido importante a investigação.
— O contato com muitas aflições, impermanências da vida (como demissões repentinas) e conseguir seguir com isso minimamente… Eu surtei em alguns momentos, e depois me dava conta dos trechos do livro… Por estar sem tanta perspectiva financeira, as aflições surgiram bastante, então pude perceber fugas também.
— Tem tanta coisa acontecendo, muitas coisas para acompanhar, mas tenho certeza que o estudo fez parte desse percurso… De eu lembrar que preciso me cuidar, ao mesmo tempo que, por mais que eu tente ajeitar as coisas, sempre surge o tal do indesejável. Estou conseguindo cuidar melhor do meu corpo desde que descobri que tenho doença celíaca, mas assim, sempre surge uma questão nova pra lidar. Eu acho que no começo do caminho eu achava que acolher era deixar tudo acontecer. Agora vejo que não é uma questão de não cuidar para que as coisas fiquem mais confortáveis, mas que a realidade não se encaixa no que a gente acha que é o ideal.
Vamos seguir em comunidade
Todo esse calor não acaba com o estudo do livro! A comunidade continua se encontrando para praticar e estudar. De 29 de janeiro a 25 de março, vamos receber Eliane Brum, Wendy Johnson Sensei, Bayo Akomolafe, Sérgio Vaz e Geni Nuñez (além de outros convidados que ainda vamos confirmar!) para o SIM 2024. Esses grandes seres vão nos orientar por sete semanas de estudo e prática. Em seus trabalhos, todos manifestam a atitude visionária e propositiva que o Brasil e o mundo tanto precisam.