Um presente para você dar e receber

por Gustavo Gitti

Se você participar de nosso próximo intensivo online (“Sim”), pode receber uma materialização da visão de que outro mundo é possível — e ao mesmo tempo apoiar um projeto de capacitação de jovens

Seu presente em produção: flâmula serigrafada com arte de Fábio Rodrigues

“Dizer não às más ideias e aos maus atores simplesmente não basta. O mais firme dos nãos tem de ser acompanhado por um sim ousado e visionário — um plano para o futuro que seja crível e atraente o suficiente para que um grande número de pessoas se movimente para vê-lo realizado.”
— Naomi Klein

“Quando a lucidez se apresenta, ela não se apresenta pela força, ele se apresenta como flor.”
— Lama Padma Samten

Trazemos uma boa notícia nesses tempos tão sofridos… É um presente que você pode dar e receber ao mesmo tempo! Por uma confluência de relações, acabou que estamos apoiando um projeto lindo de capacitação de jovens em Alto Paraíso. E eles, por sua vez, estão preparando um presente que talvez em breve esteja na sua casa.

Deixamos abaixo várias fotos dos últimos dias para você se alegrar com a produção. Todas são da querida Luciana Pinto.

Que confluência de relações é essa?

Olhando ao redor, há algum tempo estamos observando que há uma necessidade coletiva de ir além da internet — ou pelo menos usar a internet para nos organizarmos em um outro modo de vida.

Notamos também que as grandes chaves de transformação já estão dadas, mas elas se perdem no meio de tanta informação. Falta praticar, sim, mas falta também proclamar, materializar, nos juntar em torno de grandes visões que se tornem a base de um sonho mais coletivo. É bonito como estão surgindo mais e mais movimentos nessa direção.

Desde setembro, quando acabou o estudo online de Quando se desfaz, estávamos muito surpresos e felizes com a repercussão do zine que distribuímos pelo correio para 500 participantes do lugar. E pensamos em materializar também a visão afirmativa que exploramos no começo de 2019 e vamos aprofundar em 2020 no próximo intensivo SIM, agora com outras convidadas super especiais (a próxima newsletter aberta será sobre elas). Fábio Rodrigues já está há algum tempo pintando a partir dessa contemplação da flor como exemplo de transformação do mundo sem gerar inimigos — falaremos disso em breve também.

Enquanto isso, uma parceria surgiu despretensiosamente quando Geovana Colzani (que trabalha no lugar) e Luciana Pinto (arquiteta que trabalha no Instituto Caminho do Meio Alto Paraíso) se encontraram em um retiro de silêncio. Luciana está envolvida em um projeto de capacitação de jovens com apoio do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, em parceria com o Instituto Maanaim, OSCIP com 15 anos de experiência em cuidar de dependentes de álcool, drogas e pessoas em situação de rua, orientando suas vidas para além do desamparo e da violência.

Começou a nascer um trabalho que integra numa só “coisa”: visão de florescimento, pintura contemplativa, serigrafia, tingimento natural, capacitação de jovens e uma comunidade de praticantes espalhados por todo o Brasil e outros países. Não é uma grande coisa, mas já é o suficiente para nos espantarmos com o poder da interdependência. E isso não é uma narrativa pensada por uma agência de publicidade. É só a realidade se desdobrando. É até estranho contar como uma narrativa, pois não surgiu assim.

A produção do presente começou na semana passada com 9 jovens entre 13 e 18 anos (alguns terminando o ensino fundamental e outros o ensino médio):

Eles participam de cada etapa, desde o orçamento até a entrega final. Para a produção de 700 flâmulas serigrafadas com base na arte do Fábio Rodrigues, eles usarão talas de buriti e o tingimento artesanal será com romã, urucum e casca de cebola.

As fotos são de Luciana Pinto, que coordena o projeto junto com Ivan Carvalho (artesão e instrutor de tingimento com tinturas naturais), Joci Caetano (artesão e instrutor de serigrafia), André Gomes, Erika Ferreira e Ana Rosa de Jesus, do Instituto Manaaim. Ivan pesquisa e incorpora técnicas e saberes ancestrais junto a mestres de culturas populares. Atualmente desenvolve brinquedos pedagógicos a partir de buriti e outras matérias-primas do Cerrado.

Parte do dinheiro que os participantes oferecerem ao participar do lugar vai diretamente para esse projeto em Alto Paraíso de Goiás. Além disso, a verdadeira riqueza não pode ser medida: não só as conexões que vão surgindo naturalmente e dão sentido e calor à vida de cada pessoa, mas a confiança de que se podemos fazer isso, muito mais pode ser feito, basta nos organizarmos. Essa é uma ação minúscula num mundo que precisa de tanto mais… Porém, é com experimentos pequenos assim que a gente aprende a reconhecer a força já existente em redes compassivas que muitas vezes passam despercebidas.

“Poucas pessoas
fazendo coisas simples
em lugares pequenos
conseguem mudar a face da Terra.”
(Provérbio africano)

Nos próximos dias vamos publicar mais fotos em nosso Instagram (caso não siga: @olugar).

SIM pendurado e proclamado na sua casa…

No começo do ano que vem, vamos enviar pelo correio uma flâmula serigrafada para 700 pessoas: 300 para as primeiras pessoas que entrarem no lugar para participar do intensivo; e 400 para as pessoas que já participam e quiserem receber.

Não adianta pedir agora! Estamos só contando um pouco do que vem por aí. Mas você pode já se alegrar. E, claro, se quiser já começar a participar do lugar para se ambientar antes do intensivo, será um prazer. ;-)

Ainda nesse ano, além das práticas e meditações guiadas ao vivo toda semana, dia 21 de dezembro teremos um encontro com Gustavo Gitti sobre relacionamentos.

Um abraço e seguimos!

Gustavo, Amuri, Polliana, Geovana, Fabio e Isabella